Já pensaram como seria bom se todos os alunos gostassem de ler e o fizessem bem?

Este blog constituiu o registo da actividade "Do longe se faz perto" desenvolvida pelos alunos do 8.º A (2010-2011) da Escola Básica de Mafra, com a biblioteca, nas aulas de Língua Portuguesa.
Continua com a mesma missão em 2011-2012 - muda de nome porque os alunos da turma passaram a pertencer à turma C do 9.º ano.
A orientação dos trabalhos encontra-se a cargo da professora de Língua Portuguesa da turma e da professora bibliotecária da escola.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Os nossos votos


Ser feliz

E novamente, a literatura infantil... De Leif Kristiansson:





Leif Kristianson
Ser feliz
Lisboa, Editorial Presença, 1978

Felicidade
não é o Verão
mas é um dia de sol radioso
depois de um longo tempo de chuva

Felicidade
não é conquista
mas é dares o melhor de ti próprio
em cada coisa que fizeres

Felicidade
não é o êxito permanente
mas é conseguires fazer
aquilo que julgavas não seres capaz

Felicidade não é ter tudo
mas é saber querer alguma coisa

Felicidade não é bravura
mas é a coragem de fazeres
o que sentes que tens de fazer

Felicidade não é a glória
mas é teres alguém junto de ti
quando te sentes só e desanimado

Felicidade
não é aquilo que já realizaste
mas o que tens para realizar

Felicidade
é teres confiança
em ti próprio
e sentires pelos outros
o mesmo que sentes por ti




Selma

E lá voltámos à literatura infantil (?) para nos ajudar a pensar..

 

O homem sem cabeça

Em seguida passámos para o primeiro capítulo da obra de José Gomes Ferreira, "Aventuras de João Sem Medo".





O rapaz que tinha medo

Nesta nossa última sessão, no final do 9.º ano,  homens  e mulheres feitos, começamos os trabalhos pela leitura de um livro infantil! Infantil? Não há livros infantis! Há livros bons e livros maus. Livros que nos fazem pensar, que nos ajudam a crescer, a ser... e outros que não! Hoje foi este:


sexta-feira, 9 de março de 2012

Semana da leitura

Desta vez, comemoramos a semana da leitura , fazendo leituras solidárias e contribuindo para criar a nossa parede solidária.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O amor e a amizade

Estamos na semana do Dia de São Valentim e não podíamos deixar passar a data sem conversarmos sobre o que é o amor e a amizade. Para isso baseámo-nos na magnífica obra de Oscar Brenifier "O amor e a amizade".


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A viagem de Vasco da Gama

Praia das lágrimas - Rui Veloso

"Praia das Lágrimas" de Rui Veloso

Ó mar salgado eu sou só mais uma
Das que aqui choram e te salgam a espuma

Ó mar das trevas que somes galés
Meu pranto intenso engrossa as marés

Ó mar da indía lá nos teus confins
De chorar tanto tenho dores nos rins

Choro nesta areia salina será
Choro toda a noite séco de manhã

Ai ó mar roxo ó mar abafadiço
Poupa o meu homem não lhe dês sumiço

Que sol é o teu nesses céus vermelhos
Que eles partem novos e retornam velhos

Ó mar da calma ninho do tufão
Que é do meu amor seis anos já lá vão

Não sei o que os chama aos teus nevoeiros
Será fortuna ou bichos-carpinteiros

Ó mar da China Samatra e Ceilão
Não sei que faça sou viúva ou não

Não sei se case, notícias não há
Será que é morto ou se amigou por lá.

Poema da malta das naus (António Gedeão) - Música Samuel

"Poema da malta das naus" de António Gedeão

Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do sol.

Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo.
Pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.

Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das praias,
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.

Chamusquei o pêlo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me as gengivas,
apodreci de escorbuto.

Com a mão direita benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
outras mil me levantei.

Meu riso de dentes podres
ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
rompi as arcas e os odres.

Tremi no escuro da selva,
alambique de suores.
Estendi na areia e na relva
mulheres de todas as cores.

Moldei as chaves do mundo
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
Do sonho, esse, fui eu.

O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.

In Teatro do Mundo, 1958

Mar Português (Fernando Pessoa) - Música (Nau Martins)

"Mar português" de Fernando Pessoa


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar alem da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele e que espelhou o céu.



In Mensagem

João Braga " Mar", poema de Miguel Torga

"Mar" de Miguel Torga

Mar!
Tinhas um nome que ninguém temia:
Eras um campo macio de lavrar
Ou qualquer sugestão que apetecia...

Mar!
Tinhas um choro de quem sofre tanto
Que não pode calar-se, nem gritar,
Nem aumentar nem sufocar o pranto...

Mar!
Fomos então a ti cheios de amor!
E o fingido lameiro, a soluçar,
Afogava o arado e o lavrador!

Mar!
Enganosa sereia rouca e triste!
Foste tu quem nos veio namorar,
E foste tu depois que nos traíste!

Mar!
E quando terá fim o sofrimento!
E quando deixará de nos tentar
O teu encantamento!

in "Poemas Ibéricos"


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ihhhhh! Há tanto tempo!

É verdade! Há tanto tempo que não publicamos nada neste nosso blog que certamente todos pensam que desistimos. Qual quê! Não desistimos nada! Estamos aqui para continuar. De pedra e cal!
No entretanto... conversámos muito sobre a obra de Augusto Carlos e tivemos oportunidade de contactar diretamente com o autor.

E agora? que irão mais as nossas professoras inventar?