Já pensaram como seria bom se todos os alunos gostassem de ler e o fizessem bem?
Este blog constituiu o registo da actividade "Do longe se faz perto" desenvolvida pelos alunos do 8.º A (2010-2011) da Escola Básica de Mafra, com a biblioteca, nas aulas de Língua Portuguesa.
Continua com a mesma missão em 2011-2012 - muda de nome porque os alunos da turma passaram a pertencer à turma C do 9.º ano.
A orientação dos trabalhos encontra-se a cargo da professora de Língua Portuguesa da turma e da professora bibliotecária da escola.
Continua com a mesma missão em 2011-2012 - muda de nome porque os alunos da turma passaram a pertencer à turma C do 9.º ano.
A orientação dos trabalhos encontra-se a cargo da professora de Língua Portuguesa da turma e da professora bibliotecária da escola.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
"Praia das Lágrimas" de Rui Veloso
Ó mar salgado eu sou só mais uma Das que aqui choram e te salgam a espuma Ó mar das trevas que somes galés Meu pranto intenso engrossa as marés Ó mar da indía lá nos teus confins De chorar tanto tenho dores nos rins Choro nesta areia salina será Choro toda a noite séco de manhã Ai ó mar roxo ó mar abafadiço Poupa o meu homem não lhe dês sumiço Que sol é o teu nesses céus vermelhos Que eles partem novos e retornam velhos Ó mar da calma ninho do tufão Que é do meu amor seis anos já lá vão Não sei o que os chama aos teus nevoeiros Será fortuna ou bichos-carpinteiros Ó mar da China Samatra e Ceilão Não sei que faça sou viúva ou não Não sei se case, notícias não há Será que é morto ou se amigou por lá. |
"Poema da malta das naus" de António Gedeão
Lancei ao mar um madeiro, espetei-lhe um pau e um lençol. Com palpite marinheiro medi a altura do sol. Deu-me o vento de feição, levou-me ao cabo do mundo. Pelote de vagabundo, rebotalho de gibão. Dormi no dorso das vagas, pasmei na orla das praias, arreneguei, roguei pragas, mordi peloiros e zagaias. Chamusquei o pêlo hirsuto, tive o corpo em chagas vivas, estalaram-me as gengivas, apodreci de escorbuto. Com a mão direita benzi-me, com a direita esganei. Mil vezes no chão, bati-me, outras mil me levantei. Meu riso de dentes podres ecoou nas sete partidas. Fundei cidades e vidas, rompi as arcas e os odres. Tremi no escuro da selva, alambique de suores. Estendi na areia e na relva mulheres de todas as cores. Moldei as chaves do mundo a que outros chamaram seu, mas quem mergulhou no fundo Do sonho, esse, fui eu. O meu sabor é diferente. Provo-me e saibo-me a sal. Não se nasce impunemente nas praias de Portugal. In Teatro do Mundo, 1958 |
"Mar português" de Fernando Pessoa
Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar alem da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele e que espelhou o céu. In Mensagem |
"Mar" de Miguel Torga
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terça-feira, 17 de janeiro de 2012
ihhhhh! Há tanto tempo!
É verdade! Há tanto tempo que não publicamos nada neste nosso blog que certamente todos pensam que desistimos. Qual quê! Não desistimos nada! Estamos aqui para continuar. De pedra e cal!
No entretanto... conversámos muito sobre a obra de Augusto Carlos e tivemos oportunidade de contactar diretamente com o autor.
E agora? que irão mais as nossas professoras inventar?
No entretanto... conversámos muito sobre a obra de Augusto Carlos e tivemos oportunidade de contactar diretamente com o autor.
E agora? que irão mais as nossas professoras inventar?
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